sexta-feira, 26 de abril de 2019

EN 16 em petição pública

Petições públicas e necessidades Uma EN 16 de cara nova, bem lavada e bem fardada será o folar de uma Páscoa qualquer. Quando? Desde que não seja para as calendas gregas, qualquer data é boa para se receber prendas desta grandeza. (...) Nestes últimos dias, assistimos ao lançamento de uma petição pública destinada a gritar por obras no troço da EN 16 entre as Termas de S. Pedro do Sul e Vouzela e vice-versa. Bem justificada, tal o degradante estados daquela via, em nosso modesto entendimento, só pena por não ser mais audaciosa esta reivindicação. Olhando, globalmente, para toda esta estrada, de S. Pedro do Sul, por exemplo, até Pessegueiro do Vouga, toda ela bem merece uma visão e uma acção de fundo. Presumimos e sentimos que nos vão argumentar que a zona em questão está bem servida pela A25. Verdade, em parte, mas não mostra toda a realidade. Dir-nos-ão ainda que, há anos, houve trabalhos de beneficiação entre Ribeiradio e Oliveira de Frades e, há bem mais tempo, entre Pessegueiro e os estaleiros da Barragem. Outra questão que não oferece discussão. Só que, num e noutro caso, não se foi além de uns remendos, de uns pedaços de ganga nova, quando se precisa de um fato novo, talhado com vistas largas e que sirva, estruturalmente, esta região. Ou seja: com potentes máquinas, ponham-se abaixo barreiras, tirem-se curvas e alargue-se o piso em toda ela. O ideal seria mesmo a sua conversão numa via de quatro pistas, em alternativa segura e credível à citada A25. Ouvimos dizer, com agrado, que, mais tarde, ou mais cedo, se pensa em avançar-se para a parte que vai de S. Pedro do Sul para Viseu, servindo ainda o concelho de Vouzela. Essa é parte boa desta equação, mas não deixa, por isso, de ser curta demais. Falando-se no município de Oliveira de Frades, deve notar-se que cerca de 75% da sua população tem na EN16 a sua estrada de sempre, desde a velha ER 41 da monarquia à via que hoje existe. As freguesias de Ribeiradio, Arcozelo das Maias, Pinheiro de Lafões, União Oliveira de Frades/Souto de Lafões/Sejães e ainda S. Vicente de Lafões bem atestam esta verdade. Não querendo nós estragarmos o efeito pretendido com a citada petição pública, se ela se alargasse a estas pretensões melhor seria. De qualquer maneira, em exercício de uma activa cidadania, o exemplo deixado por esta tomada de posição, ao fazer escola, bem pode ser o princípio de outras atitudes do mesmo género. As boas causas são para ser seguidas e louvadas e esta é uma delas. Agora, não deixamos de pensar e sonhar assim haja bons padrinhos. E é destes que precisamos. Carlos Rodrigues, NV, Abril 2019

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