sexta-feira, 26 de abril de 2019

Como Lafões responde às crises

As respostas às crises em Lafões Com as perspectivas económicas a dizerem que ainda não estamos a salvo da última crise, podendo os alertas virem a chover de novo, nenhum espaço territorial português está a salvo de outros e perigosos estremeções. Com receio do que possa vir a acontecer, as previsões de crescimento, na Europa, no mundo (FMI) e Portugal, têm vindo a descer de projecção para projecção. Só com respostas seguras se consegue sobreviver, se algo de pior vier a acontecer. As grandes metrópoles já começaram a desenhar programas para enfrentar quaisquer turbulências que venham a surgir. Sem sabermos se são as melhores, porque o turismo a sério depende muito das condições financeiras de quem o pratica, os alojamentos locais, talvez demais e a esmo, parecem ser a almofada que trave esses eventuais desastres. Com a conversão de muitos edifícios em infraestruturas hoteleiras, o mealheiro tem aí, assim se crê, a ranhura aberta para continuar a receber as boas moedas. Por outro lado, as zonas de maior intensidade turística estão um pouco já salvaguardadas. Pergunta-se agora: e Lafões o que está a fazer? Com motivos de sobra para serem oferecidos a quem nos visita, aqueles que ninguém daqui arrancará são as paisagens, a geografia e orografia, os monumentos, a nossa hospitalidade as águas termais, uma gastronomia de sonho, as novas e velhas propostas culturais, sendo necessário tirar-se o devido resultado destas condições. Um dos caminhos passa pela construção de capacidade hoteleira e de restauração de qualidade, onde abundam, sobretudo nas Termas de S. Pedro do Sul, exemplos de bom quilate. A juntar aos tradicionais equipamentos, surgiram, como está a acontecer um pouco por todo o país, ideias e concretizações em termos de alojamento local que começam a fazer história. Concelho a concelho, citamos alguns desses locais, em jeito de antigas freguesias, onde podemos encontrar esta modalidade: em Oliveira de Frades – Vila, Souto de Lafões, Arcozelo das Maias, Pinheiro de Lafões e S. Vicente de Lafões; em S. Pedro do Sul – Várzea (Termas), Cidade, Santa Cruz da Trapa, S. Martinho das Moitas, Valadares, Carvalhais, Sul, Covas do Rio, Manhouce, S. Cristóvão de Lafões, Candal e Serrazes; em Vouzela – Vila, Paços de Vilharigues, Figueiredo das Donas, Cambra e Fataunços. Quanto a sítios onde comer, a lista é bem maior, porque, a par destas novas propostas, temos as antigas que foram capazes de resistir à força trituradora dos tempos. Com pitéus que fazem a delícia de quem os saboreia, eis a vitela de Lafões, o frango do campo, o cabrito da Gralheira, os rojões tradicionais, a sopa seca de Alcofra, sem esquecer a pastelaria e doçaria variada, como se comprova com as recentes candidaturas apresentadas recentemente por cada município. Aproveitando as boas vias de comunicação que nos servem, está nas mãos de todos nós potenciar a angariação de clientela. Sabemos que quem vem leva daqui boa imagem e essa publicidade, boca a boca, é uma via publicitária de extraordinário alcance. Para lhe dar vida e cor, nada melhor que as boas maneiras e a excelência dos produtos e serviços prestados. Acreditando que esses ingredientes nunca faltam, estão abertas as portas para um futuro seguro. É nisso que acreditamos para bem de toda a nossa região. Carlos Rodrigues, in “Notícias de Vouzela”, Abril 2019

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