quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Números para pensarmos

Lafões31out18 C/NV Os números que mostram radicais mudanças em tão poucos anos As crianças são a melhor prenda que podemos ter em cada momento. Sinais de presente, são, acima de tudo, esperança de futuro. Infelizmente, nos tempos actuais, os índices de natalidade são uma lástima e um perigoso meio de nos mostrarem que os dias de amanhã podem estar mesmo em risco. Sem irmos muito os fundo das tabelas científicas, olhemos para os níveis de escolaridade, nas então chamadas escolas primárias, no concelho de Oliveira de Frades e no ano lectivo de 1990/1991, ainda não há três décadas. Nessa altura, havia escolas por todo o lado e, agora, só as temos, em grande concentração na vila, e em dois pólos periféricos, Arcozelo das Maias e Ribeiradio. Num total de 824 alunos, estavam assim distribuídos: Paranho de Arca – 18; Covelo de Arca – 13; Arcozelo das Maias – 47; Cadavais – 30; Fornelo – 16; Quintela – 26; Soutinho – 14; Vila Chã – 31. Avançando para outras freguesias e localidades, Destriz – 7; Benfeitas – 8; Carregal/Sobreira – 26; Oliveira de Frades – 171; Travanca – 14; Pinheiro de Lafões – 49: Pereiras – 46; Prova – 10; Reigoso – 9; Sejães – 31. Entretanto, em Ribeiradio tínhamos 50 alunos; Souto Maior – 36; Lameiro Longo – 14; S. João da Serra – 36; Bispeira – 6; S. Vicente de Lafões/ Corredoura – 41; Cajadães – 25; Souto de Lafões – 23; Varzielas – 21 e Bezerreira – 6. Nos anos seguintes, em linhas gerais, a tendência e a realidade vieram sempre a descer, desta forma: ano de 1991/92 – 794; 1992/93 – 777; 1993/1994 – 720; 1994/95 – 709; 1995/1996 – 671 e 1996/97 – 634. No corrente ano lectivo de 2018/2019, o panorama é o seguinte e mostra uma preocupante decadência: no Centro Escolar da vila estão matriculados 283 alunos no 1º ciclo (antigo ensino primário), a que se juntam 21 em Arcozelo das Maias e 20 em Ribeiradio. Nestes tempos, de 1990 até aos dias de hoje, as nossas escolas perderam, neste patamar, 500 crianças, passando-se das 824 para as actuais 324, na soma dos citados pólos no parágrafo anterior. Este é mais um sinal de alerta para todos nós. Por este andar, daqui a uns anos não há sangue novo que reanime as nossas terras e isso é aflitivo e dramático. Carlos Rodrigues, Notícias de Vouzela, Out18

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