quinta-feira, 6 de novembro de 2008

" Admirável mundo novo"

Depois de ontem, o mundo entrou numa nova e esperada era. A eleição emotiva de Barack Obama, como presidente dos EUA, trouxe - é isso que desejamos - aquela aragem renovada que os cidadãos daquele país e do mundo, em geral, há tanto ansiavam.
Uma estranha sensação se apoderou de nós, quando, às cinco horas da madrugada do dia cinco, conseguimos escutar as palavras, ponderadas e assertivas, de um homem que personificou um velho sonho. Ele era uma verdadeira lição, um livro que, a abrir-se, vai correr mundo com uma mensagem de futuro, que o presente é sempre passado.
Humildemente, tem-nos sido permitido assistir a enormes momentos: vimos cair o muro de Berlim, vimos o homem chegar à lua, vimos aparecer Timor como nação, vimos, à distância de milhares de quilómetros, surgir uma nova aurora em Portugal, com o 25 de Abril, ouvimos ser eleito Kennedy, escutámos Martin Luther King, com o seu sonho estampado no rosto, vimos, agora, este extraordinário passo dado por Obama. Com tudo isto, somos "gente feliz com lágrimas".
Estas são horas de expectativa, mas de uma grande confiança: a velha e caduca ordem bilateral mundial vai acabar, com o multilateralismo a impôr-se. A cor da pele vai deixar de estar em cima da mesa, o mérito abriu o seu caminho, até a economia pode melhorar, porque desse factor depende muito o êxito do próprio Obama.
Este pequeno-grande passo veio na hora certa, atrasado, porém. Mas chegou e é isso que importa.

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