domingo, 21 de novembro de 2010

Braço a torcer: a Cimeira da NATO valeu a pena

Daqui, da minha varanda de Oliveira de Frades, olhei com desconfiança para a Cimeira da NATO, que acabou de se realizar em Lisboa. Pensei que era mais um passeio pela sua história, que estava minada pela própria evolução do mundo, de onde desapareceu a célebre guerra-fria e o medo recíproco, mas afinal aquilo foi um grande salto para a frente.
Desfeitos velhos conceitos, falecida - e ainda bem! - a cortina de ferro, a busca de outros alargados caminhos veio a acontecer, de modo a abrir as portas à cooperação entre ancestrais "inimigos", o que é francamente positivo.
Porque dar o braço a torcer é atitude de quem sabe reconhecer os seus erros, dou a minha mão à palmatória. Em Lisboa viveram-se momentos de excelência a nível das relações multilaterais e isso é motivo de sobra para nos sentirmos francamente bem com esses desfechos.
Mas há mais: as demais reuniões entre campos de associações diversas, tipo NATO/UE e outras, para além dos encontros que tiveram Portugal no seu centro, são motivos mais do que suficientes para dizermos que, ali, tudo correu de feição.
Há ainda o facto de a nossa organização ter brilhado. Parabéns.
Bons assim em eventos desta envergadura, só nos resta pôr em prática esses mesmos princípios de eficiência e eficácia no nosso dia a dia.
Por ter falhado nos meus cálculos, peço imensa desculpa, porque esta gente da Beira não tem vergonha de se retratar sempre que algo lhe sai mal. Foi o meu caso, sem dúvida.

Sem comentários: