domingo, 28 de novembro de 2010

Bruxelas a tratar do nosso destino

Este cidadão da Serra do Ladário anda preocupado com o seu país. Por mais que se ate, há logo quem desate. Dados os nós do Orçamento, não sei se daqueles de marinheiro, bem feitos e seguros, se nós de um Zé qualquer, que se desfazem num ápice, já se acena, novamente, com o papão dos juros, temem-se os efeitos bola de neve vindos da Grécia e da Irlanda, toda a gente treme e a União Europeia deixa que este perigoso cai abaixo da montanha-russa a que subimos ao longo de anos se arraste indefinidamente.
Apre, que é demais tanto tacticismo! Chega de dar cotoveladas uns nos outros. Basta de uma mesa onde só se sentam pessoas meio desavindas, que, quando toca de ser solidário, arreda que é Satanás.
Quando os Ministros das Finanças estão hoje em Bruxelas, o Terreiro do Paço dos grandes, pede-se-lhe que olhem para a NATO, que, com todos os seus defeitos e fraquezas, tem uma virtude inquestionável: a capacidade de se entender que um ataque a um dos seus é uma ameaça geral. Logo, a resposta apresenta-se global e participada.
Na UE, vê-se o que, infelizmente, está a acontecer: as finanças de um ou outro membro sofrem ataques descabelados e os demais cospem para o lado.
Assim, não há Euro que resista, nem União que se mantenha com credibilidade e firmeza.
O lema do meu Benfica também aqui pode ser aplicado: " Um por todos e todos por um".
Se persistirmos neste empurra para lá, sejamos todos sinceros: agarre-se um outro projecto que este parece estar defunto, quase a cheirar mal.
Meu caro José Barroso, dê-se um murro na mesa, depressa, alto e bom som. O tempo urge!

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