quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Novos autores e autores novos

Esta minha região de Lafões bem pode dar-se por muito satisfeita com o balanço cultural do passado mês de Novembro. De um momento para o outro, Pedro Miguel Rocha, com profundas raízes no concelho de Vouzela e Dulce Martinho, de Oliveira de Frades, deram corda à criatividade, fazendo nascer três obras, três, repita-se: Pedro Rocha, com uma parceria em " Já não se fazem homens como antigamente ", com um conto, em quatro, intitulado " A lâmina do amor ", da Editora Esfera do Caos, e a solo, " Chegamos a Fisterra ", das Edições Ecopy - Prosadores Contemporâneos; Dulce Martinho, com " Sobre a França e a Europa - Utopia e desencanto em Eduardo Lourenço ", assim dando seguimento a uma dissertação de Mestrado.

Com apresentações no Porto, Braga, Lisboa e Oliveira de Frades, o panorama da cultura e literatura portuguesas está, agora, muito mais enriquecido com o contributo destes dois jovens professores e escritores, meus queridos conterrâneos.
No que se refere ao Pedro, trata-se do seu terceiro trabalho. Por acreditarmos que podem fazer muito mais, é isso que lhes pedimos, aos dois, porque todos ficamos a ganhar com o seu labor, entusiasmo, capacidade e genica. Força, malta!

Mas nem só de alegrias vivemos nós. A morte do Professor Ernâni Lopes, que muito deu a Portugal, enquanto Ministro, economista, pensador e homem de acção em prol das ideias que defendia e em que acreditava piamente, traz-nos, por outro lado, uma imensa tristeza.

Recordo quanto nos tivemos de esforçar, nos inícios da década de oitenta, para retomarmos o caminho da credibilidade finaceira e a retoma da economia, quando, por sua mão, aqui entrou o FMI. Mas, então, tudo isso valeu a pena, porque sempre falou verdade, por mais que ela nos tenha doído.
Reconheço o êxito da nossa então entrada na CEE, que teve, em si, um grande obreiro.
Enfim, curvo-me perante o Homem e a obra, o Professor Ernâni Lopes.

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