segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Manuela Ferreira Leite em dois tempos

Começo por dizer que simpatizo com o ar sereno e calmo da Dra. Manuela Ferreira Leite e que sinto que, intimamente, pensa conseguir para Portugal o que para nós, cidadãos e portugueses, é o melhor caminho.
O seu percurso, os seus conhecimentos, o seu curriculum dão-nos alguma tranquilidade. O que diz e o que omite, talvez até mais neste último aspecto, são a prova disso mesmo. Sem embarcar em montra para inglês ver, sei que quer governar bem e com certeza nas medidas a tomar.
Mas há um problema: o desfasamento entre a história que, um dia, lhe dará razão e o tempo actual, aquele que interessa ao nosso dia a dia e que exige uma outra postura, com muito mais energia e menos reflexão.
Hora a hora, estamos à espera de ver sair do fundo do túnel uma qualquer luz que ilumine as trevas que estamos a viver. É isso que tarda na Dra.Manuela Ferreira Leite. A citada história apreciará as suas ideias, mas o país, agora, precisa de uma atitude diferente, um caminho imediato que nos mostre que é possível sair deste impasse, deste andar para trás, deste desânimo, deste desassossego.
Aqui reside o âmago da questão: ou mostra tal capacidade, ou então ter-se-á de procurar outro alguém que a história talvez não venha a entender, mas os portugueses acabam, no imediato, por aceitar, porque é de pressa, é de uma acelerada urgência que se faz o seu futuro.
Ficar a aguardar a escrita da história é bonito, mas não enche barriga, nestes momentos.
Tenho pena que assim aconteça, mas há outras vias que não podem deixar de aparecer, se MFL não quiser deixar, por uns dias, de ser ela própria, para se afirmar como a líder que urge pôr em funcionamento a todo o vapor.
É de velocidade e premência que se fala, não de história, infelizmente. Essa ficará para mais tarde, claro.

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