sábado, 21 de fevereiro de 2009

Novamente, a Barragem de Ribeiradio

Há anos assistimos ao lançamento desta mesma Barragem, a de Ribeiradio, agora acrescentada com a da Ermida, na localidade onde esteve, esperemos que de vez, o Primeiro-Ministro, Eng. José Sócrates. Cremos que, então, ali se deslocou também, na sua qualidade de Ministro do Ambiente.
Vimo-la nascer, contactámos com os primeiros movimentos de terras, descobrimos mesmo um túnel que se escavava na encosta, rejubilámos com o início das obras, mas a justiça veio matar a nossa esperança. Um dia, as máquinas partiram, os operários cruzaram os braços, por força de decisões estranhas, os poderosos esgrimiram argumentos e quem perdeu foram as gentes de Ribeiradio e Couto de Esteves, os concelhos de Oliveira de Frades e Sever do Vouga e os povos do Baixo-Vouga que se viram, por anos, na contingência de ficar sem água no Verão.
Finalmente, eis o momento em que, de novo, se faz luz. Porque acreditamos na capacidade da parceria encontrada, mormente na Martifer e na EDP, vamos ter duas Barragens, de uma penada só e uma estrada a ligar as margens.
Concretiza-se um sonho de mais de sete décadas, homenageia-se o Eng. João Maia, que já não pode ver a "sua" obra, premeia-se o esforço do Dr. Manuel Soares e, passe a modéstia, do autor destas linhas, mas os vencedores são todos aqueles que sempre souberam esperar e desejar, trabalhando duro no sentido de este empreendimento, um dia - o que agora parece vir a acontecer - nascer em todo o seu esplendor.
O ambiente e a energia agradecem. A economia pode sentir-se mais animada.
O desemprego pode aqui levar um bom safanão. O turismo sorri.
E nós batemos palmas, muitas palmas.
Vive-se a festa. Venham depressa as Barragens!

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