quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Confesso: falhei, não fui aos EUA votar

Pronto. Caiu o pano sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos da América. Ganhou quem eu não queria, nem previa sequer. Perdeu quem eu achava que devia ocupar a Casa Branca. Para aqui vai Donald Trump e não fico descansado, a não ser que mude radicalmente as suas práticas para contrariar o que disse durante um ano. Tenho medo do que aí vem. Tinha dito que ali ia votar. Não fui. Peço desculpa por isso. Com o meu voto Hillary Clinton tinha mais um cidadão a juntar à maioria nacional que teve. Só que com o sistema de grandes eleitores que existe (em 11 dos 50 estados,por exemplo, podem ser conseguidos mais de 290 delegados, bem acima dos 270 necessários para se ser eleito), torna-se claro que nem tudo é linear nas conclusões a tirar. Mas, há que dizê-lo, é este o figurino eleitoral e temos de o aceitar. Não se fez a história que eu desejava, mas sim uma outra bem mais negra. É a vida, mas que me dói, dói mesmo. E muito. Muito mesmo... Creio, em conclusão, que o mundo democrático tem de saber tirar lições deste desaire: os males de que a política enferma foram os grandes causadores deste terramoto. Então, há que mudar e muito tudo quanto diga respeito a actos, omissões, valores agora distorcidos, criando maior afectividade entre eleitos e eleitores e maior proximidade, verdade e transparência. Ou seja: é preciso abanar tudo e traçar novos e atraentes rumos. Depressa, mas bem...

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