quinta-feira, 6 de junho de 2019

Isabel Silvestre, rainha da música em Lafões

Agora em Newark Isabel Silvestre sempre na crista da onda No próximo dia sete de Junho, a nossa diva da canção de Manhouce, Isabel Silvestre, vai levar a sua voz lá para longe, no outro lado do Oceano Atlântico, para uma das terras mais portuguesas dos EUA, Newark. Para uma actuação que vai ter lugar no Sport Clube Português, terá consigo o seu acompanhamento musical e ainda um coro infantil. Com o Dia de Portugal a ter ali especial significado, esta actuação de uma enorme divulgadora de nossa música e cultura populares adquire, assim, um impacto ainda bem mais especial naquele espaço americano, mas tão lusitano. Presença constante em tudo quanto seja património do nosso povo, sobretudo em matéria de uma voz sem par, Isabel Silvestre desde cedo começou a beber e a navegar nas boas águas da sua terra, Manhouce, local onde a maresia do litoral e os ares serranos se conjugaram para oferecer ao mundo um acervo musical de uma excelência de alto nível. Da sua carreira, que dispensa quaisquer apresentações, são inúmeras as canções que imortalizou – o termo é correcto e não precisa, sequer, de ser justificado – no Grupo de Cantares de Manhouce, a solo, em parceria com o GNR/Rui Reininho, e em tantas outras situações que a nossa memória já custa a registar. Mas a Isabel sabe que nós sabemos que houve, nas nossas vidas, um momento extraordinário, jamais esquecido: estávamos nós no Luxemburgo, no alto de uma colina onde Nossa Senhora de Fátima tem a sua evocação bem estampada, quando, ao meio dia, ela se vira para o altar e entoa uma vibrante e emocionante canção de seu vasto reportório em homenagem à Virgem Maria. Na cidade, cá em baixo, os sinos tocaram e aqueles sons misturados tornaram-se algo impossível de descrever, mesmo que tivessem sido gravados atabalhoadamente. Agora vai estar nos EUA. Mas a simplicidade do seu ser, os apegos às origens (onde foi Professora e Presidente de Junta de Frequesia, investigadora e continua a ser uma eterna divulgadora) não mais a abandonam. São o seu selo e a sua imagem de marca. Transportando sempre as cores do nosso Portugal e das suas raízes profundas, Isabel Silvestre corre mundos, mas jamais esquece ou abandona o seu berço e isso nunca podemos deixar de lhe reconhecer. A vedeta que é não a fez subir ao céu e deixar-nos aqui em baixo sozinhos. Leva-nos com ela e esssas são viagens que fazemos com gosto e muito entusiasmo. Por isso, em Newark, lhe batemos palmas sem fim. Carlos Rodrigues, in “Notícias de Lafões”, Maio 19

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