quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Parabéns, Manoel de Oliveira

Sei que V. Ex.a me não conhece de lado nenhum, nem isso importa. Mas fique a saber também que tenho seguido com entusiasmo o seu percurso, porque gosto de quem, pela sua obra, faz falar do meu e nosso país com orgulho e com fortes razões para isso. Está V.Ex.a entre os portugueses que lograram atingir esse patamar da imortalidade, já que o seu nome se estende por todo o sítio onde se trate de abordar as questões do cinema. Dentro e fora destas nossas linhas, Manoel de Oliveira goza de uma fama e igual proveito, que muito admiro.
Confesso que, não sendo um apaixonado por essa nobre arte ( e disso me penitencio com pena), cheguei a ver alguns de seus filmes, que, na altura, me não cativaram, na medida em que os achava um pouco lentos e, não leve a mal, até enfadonhos. Reconheço, agora, que o erro e a falha eram minhas, que o seu dedo, reconhecido como de mestre, lá tinha as suas razões.
Hoje, quando comemora cem anos de intensa, rica e produtiva vida, é minha obrigação dizer-lhe que este incorrigível leigo do mundo do cinema lhe deseja ainda os maiores sucessos, ao mesmo tempo que lhe agradece o contributo dado à cultura portuguesa e mundial.
Assim, ao olhar para a vitalidade que respira, assim, vale a pena viver! Os meus parabéns e, à portuguesa, votos de muitas felicidades. Bem haja por tudo quanto nos tem dado!

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