quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Adeus, 2008

Sem grandes saudades, o ano de 2008 está prestes a deixar-nos, o que se insere na ordem natural do universo e da sua mecânica. 365 dias se passaram e, deles, pouca pitada de recordações positivas: a crise assolou às nossas portas e entrou pela casa dentro; a condição de vida piorou; o petróleo, agora mole, foi de uma dureza de aço, que nos deitou por terra; o Tratado de Lisboa encalhou na Irlanda; o ralie Paris-Dakar não pôde partir para as areias africanas, por razões de segurança; o país viu-se grego para ultrapassar as suas dificuldades; a Grécia esteve vai não vai para cair; a UE não nos deu nada de novo e só da América vieram boas notícias com a eleição de Obama.
Em Portugal, até Cavaco Silva acompanhou o movimento dos professores, dos juízes, do Bastonário da Ordem dos Advogados, dos médicos, dos funcionários públicos, dos reformados, dos agricultores, dos camionistas, dos operários, dos escriturários e afins, dos mineiros, dos políticos, dos autarcas, dos jornalistas, caminhando no sentido de mostrar descontentamento com o governo que temos.
Imparáveis, só as sondagens lhe têm dado razão e isso é que, talvez, venha a contar em 2009.
Se uns pouco fazem para merecer a alegria da vitória e outros dificilmente lá podem chegar, é certo e sabido que, a ser assim, nada mudará, mesmo com a previsão de três eleições pelo meio.
Com este cenário, de 2009, por pessimismo estrutural, é reduzida a margem de manobra quanto a novos e melhores tempos. Nesta ordem de ideias, apenas o calendário será capaz de dar um salto, menor que um segundo,um segundo apenas, mas que faz toda a diferença: foi-se 2008, vem aí 2009.
Que Deus o traga em boa hora!

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