sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

2009: chuva em Lafões

Cá estou eu em 2009. Tudo igual: chuva assim-assim, céu carregado e algo carrancudo, um ar de inverno, que não destoa de 2008, esse tempo que já nos deixou.
Nesta minha terra de Lafões, que Deus abençoou e os homens e mulheres tanto valorizaram, nada parece ter mudado. Só a folha do calendário teve de ser alterada, rasgando-se a anterior, praticamente sem dor, nem nostalgia. É que o ano de 2008 foi um pouco travesso e, por isso, apenas se tem saudades daquilo que nos é grato, o que não aconteceu com esses últimos 365 dias.
Agora, ao ouvir as palavras do Presidente da República, sei que vamos sofrer, na carne, os efeitos de asneiras próprias e alheias, que 2009 se não compadece com falsas ilusões, mas que, pelo contrário, exige rigor, criatividade, muito trabalho e uma exigente seriedade.
Ou seja: colocou-nos em cima da mesa uma tarefa de gigantes - a execução de uma rigorosa entrega à procura das soluções adequadas ao combate à crise e às nossas próprias fraquezas, que vêm de longe e que não desarmam facilmente.
Sem alarmes em demasia, o Professor Cavaco Silva, que tocou na ferida dos que mais sofrem, nomeadamente os agricultores e os pequenos comerciantes ( isto é, o grosso da coluna também em Lafões, que tem no seu seio, diga-se, por ser verdade insofismável, o melhor que se faz em inovação, empreendedorismo e turismo), deixou suficientes alertas e recados.
Ouvi-los é nosso dever. Mas quem mais deve escutar estas lições são aqueles que nos governam, esse por obrigação e por função.
Hoje está a chover. Mas é de sol que todos precisamos. Venha ele !

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