quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

De AA- a A+

Já tínhamos perdido muito com esta crise predadora. Agora vai-se um A e passa-se para uma 2ª divisão da aceitação mundial, em termos de credibilidade e confiança financeiras, caindo do nível AA-para o A+. Se já era difícil a vida dos portugueses, em matéria de crédito bancário, agora vai ser ainda pior. Com um Estado a cair assim na avaliação externa, sinal de que não fez bem todos os trabalhos de casa, paga o erário público e geme o vulgar cidadão.
À desconfiança e desconsolo nesta nossa terra, junta-se este inimigo público número um que, implacável, vem dar cabo, pela avaliação que faz do desempenho governamental, de muito que para aí se tem andado a dizer e a apregoar aos quatro ventos, quanto à saúde do nosso dinheiro. Se este é um bom exercício de análise das contas e das medidas tomadas - não deixando de ser a apreciação de uma agência de informação financeira para consumo externo - é curioso relacioná-lo com um tema do momento: a avaliação dos professores.
Quem tanto quer fazer nesse capítulo, o governo da nação, afinal leva um pesado chumbo quando avaliado por estranhos!... Mostra-se assim que, para dar lições de visão sobre os outros, primeiro é melhor olhar para dentro de nós próprios, que quem tem telhados de vidro nunca deve atirar a primeira pedra...
Colocado no rol de pretenso " caloteiro", Portugal só tem um caminho: recuar, fazer marcha atrás, nem que seja para pensar seriamente, e esquecer, por momentos, muitos dos investimentos a fazer. Se defendemos abertamente TGV.s e outras obras, se sempre fomos contra a OTA, para ver avançar mais a Portela e um outro aeroporto( Portela+1), se entendemos que há muito de grande a construir ainda, se apoiamos, nestas situações, políticas Keynesianas, não é este o momento de dar grandes saltos.
Assim, aguardar uma melhor oportunidade é um acto de inteligência, mesmo que cheire a recuo.
Tapar os olhos e partir cegamente para o abismo é um autêntico suicídio colectivo, que temos de evitar a todo o custo.
A+ ainda serve, mas descer por aí abaixo pode ser o desastre total e esse é que não pode acontecer. Nunca.

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