terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Obama: da vitória do amianto à Casa Branca

Daqui a momentos, contrariando os vaticínios do fim anunciado da história, esta far-se-á a partir dos EUA. Quando Obama aparecer em frente do seu povo, já com as vestes de um timoneiro de vistas largas e de coração aberto, o mundo - todo ele - vai entrar, assim o espero, numa nova era.
A vitória do amianto, que construiu na sua carreira de animador social em Chicago, em defesa, nessa fase, dos sofredores de um bairro em constante degradação (Altgeld), está a converter-se na esperança de uma nova ordem global, que ponha termo à desregulada política, ao desastre de uma economia de cor negra, de uma paz podre, de uma acentuada descida aos infernos de uma terra que perdeu rumos, que se atirou, de cabeça, pelos abismos de um buraco sem fundo...
Dentro de momentos, no minuto de uma nova alvorada que cheira a sonho de M.L. King, talvez se comece a respirar um novo ar, com mais oxigénio e menos anidrido carbónico. Como uma criança em transe, a aguardar o brinquedo de todos os dias, eis-nos todos de olhos postos nos televisores, para absorver tudo, mas tudo, daquilo que se vai passar do outro lado do Atlântico, quase em linha recta, a partir do lugar em que nos encontramos.
Acreditamos vivamente em Obama, a ponto de o elegermos como o grande farol de nossas vidas. Temos uma esperança enorme no sucesso da sua missão: desejamos todos os êxitos do mundo, mas temos medo de um eventual falhanço, de um desastre inesperado, de uma "fuga" sem ser programada, que na terra dos humanos tudo pode acontecer.
Que estes momentos augurem um mundo melhor, um oásis de águas puras em tempos de poeiras e lamas turvas!
Está a chegar a hora: força, Obama!

Sem comentários: