domingo, 5 de abril de 2009

Outro mundo a caminho

Com as cimeiras que decorreram, por estes dias, na Europa, o mundo parece que pode começar a respirar de alívio, tão grandes foram os passos dados. Combatida a descrença no êxito destes encontros com as respostas aplaudidas, estamos na fase em que somos levados a acreditar que " Sim, é possível ", que a crise pode ser derrotada, se os homens se entenderem. Para a História ficarão os sorrisos e os abraços dos governantes mundiais - de parte deles, claro -, enquanto que, para o cidadão comum, como nós, resta sonhar com esses novos dias, que os actuais são negros como a ferrugem, como já dissemos.
Mas, como todo o pobre desconfia de esmolas aos trambolhões, atrás de uma dura crise não queremos que outra se venha a gerar. É que, vaticinam muitos economistas, a seguir às depressões, vêm geralmente os disparos na inflação e, com esse fenómeno, aí veremos os juros, de novo, a trepar, como se o seu mundo só pudesse passar pelo afogamento das pessoas e das empresas.
Não queremos que assim seja, apelando aos mecanismos de regulação, vigilância e controle, que vimos estampados nos acordos estabelecidos, no sentido de estarem atentos e, mais do que isso, actuantes. Fugir dessa responsabilidade é cavar, uma outra vez, a sepultura da saúde financeira e económica mundiais, esse cancro que ameaçou vitimar-nos a todos e que, agora, viu o pescoço torcido, mas sem ter dado, lamentavelmente, o último suspiro.
Com Obama, o seguro das nossas vidas está mais protegido, mas não é o único factor a ter em conta. Sem o nosso contributo, nem esse novo valor e esforço americanos serão suficientes para nos salvar.
O fio, que nos liga à ténue vida, é demasiado frágil e só uma vontade individual e colectiva muito fortes tem o condão de o reforçar. Que assim seja !

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