quarta-feira, 23 de março de 2016

Português do mundo

Um dia, em criança mostrei todo o interesse em ser caixeiro-viajante ou turista todos os dias. Acrescentei mais tarde: turista-militante. Agora digo: quero continuar a ser cidadão do mundo. Ontem, chorei com Bruxelas, envaideci-me com os novos tempos de Cuba e nem sei o que pensei sobre o Brasil. Deste País-irmão, o que escrever cheira sempre a tristeza. Não é este o Brasil que defendo, nem que imagino. Não gosto das práticas políticas ali, agora, em uso. Nem dos cargos criados para fazer desviar as atenções e espantar a justiça. Não sei se Lula tem pedras nos sapatos. Não sei. Mas já me habituei a não pôr a mão no lume por ninguém. Agora o que não entendo são os expedientes que no Planalto se engendraram. Assim, cidadão do mundo, olhando para a Europa vejo-a a arder. Dando um salto ao Brasil, é aquela bagunçada dos diabos. A minha África continua a sofrer. O Médio-Oriente não pára de andar em rebuliço atroz. Parece que apenas a Austrália e a Nova Zelândia, lá no outro lado do meu mundo, se safam. Assim, que Deus nos ajude, agora que a Páscoa está e chegar...

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