quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Bandas Filarmónicas de Lafões

Em fim de Verão Uma palavra para as bandas filarmónicas de Lafões Colectividades que são pontos culturais fortes nas terras em que se implantam e onde oferecem excelentes resultados a todos os níveis, as Bandas Filarmónicas, depois de um período de Verão em que abrilhantaram tantas festividades, bem merecem, nestes dias, a nossa consideração e gratidão. Temos para com elas esse imperioso dever. A nossa região de Lafões, de um lado a outro, tem-nas em grande estilo e qualidade e até uma certa quantidade. Mais antigas, centenárias ou não, ei-las a marcarem os dias, com a música, de tanta da nossa juventude e ainda dos mais idosos que não querem perder a oportunidade de fazerem aquilo que gostam: oferecer cultura e tradição, sempre. Sem podermos aqui trazer todas as Bandas que, algum dia, se instalaram nas nossas localidades, vamos, no entanto, tentar indicar algumas delas, organizando-as pela data da sua criação, sabendo que as falhas, a este nível, podem dar cabo da nossa boa intenção. Se tal acontecer, que nos seja perdoada esta involuntária falta. Prometemos, no entanto, não ficarmos sem desfazer essas mesmas lacunas, trazendo mais dados daqui a pouco tempo. Começamos com a Filarmónica Harmonia dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro do Sul, iniciada em 1857, para, mais tarde, ser apenas Sociedade Filarmónica Harmonia, emancipando-se daquela Associação Humanitária em 1904. Neste concelho, merece uma palavra especial a Banda da Aliança Pinho-Vila Maior. Prosseguimos com a Sociedade Musical de Mocâmedes, Vouzela, fundada em 1875, pela vontade e esforço da Família Oliveira, de onde saiu o seu primeiro Maestro, António Oliveira, que a dirigiu cerca de 50 anos. Está à sua frente, agora, José Meneses Rocha. Em 1880, aparece a Phylarmonica de Vouzela. Passando por fases de avanços e recuos, em 1926 quase que pára. Felizmente que, em 1931, veio a renascer com a actual designação de Sociedade Musical Vouzelense, devido à dedicação, entre outros, de Augusto Homem da Rocha, Eduardo do Souto Teixeira, Fausto Ferreira de Abreu e Franklim Augusto Dias. A oito de Fevereiro desse ano, sai do Hospital Velho com a sua marcha triunfal. Tem a sua batuta, nos dias que correm, Diogo Tavares. No seu longo palmarés, eis o 1º lugar, em 1954, no concurso de Bandas Civis do Senhor de Matosinhos. Três anos mais tarde, em 1883, nasce em Cambra, Vouzela, a Escola de Música, na Casa do Talho, mercê da iniciativa dos irmãos Padre João Rodrigues Pereira e José Rodrigues Pereira. Em 1889, dá-se uma cisão, que durou apenas um ano. Tivemos, assim, temporariamente, a Banda Nova e a Banda Velha, ainda que por um curto espaço de tempo, como dissemos. No ano de 1910, adopta a designação de Filarmónica Verdi Cambrense. Décadas depois, em 1975, entra em processo de reorganização e, em 1976, inicia a construção da sua sede. Decorria o ano de 1890, quando em Ribeiradio, Oliveira de Frades, dá os seus primeiros acordes a Banda Marcial Ribeiradiense, na sequência dos trabalhos de Ricardo Ferreira e Alexandre Ferreira Lopes. Em 13 de Outubro de 1986, constitui-se como Associação Recreativa da BMR. Em 2002, recebe a Medalha de Ouro do Município. Desde 2002, ocupa a sua actual sede, nas instalações da antiga Estação da CP. No ano de 2005, alcança o estatuto de “Pessoa Colectiva de Utilidade Pública”. Bem mais tarde, em 1928, na freguesia de Paços de Vilharigues, surge a Sociedade Musical Cultura e Recreio, que actuou pela primeira vez em Domingo de Páscoa, tendo a dirigi-la o seu primeiro Maestro Joaquim da Rocha Almeida (Morgado). Ocupa uma sede renovada junto à Escola do 1º Ciclo. Oliveira de Frades viu aparecer a sua Banda dos Bombeiros Voluntários a 1 de Maio de 1932, por ocasião da Festa de S. Sebastião, na Feira. Em 1991, obtém os seus estatutos próprios, pelo que passa a ser conhecida por Banda de Música de Oliveira de Frades. Desde a sua fundação até 1977, foi seu regente Joaquim da Silva Moreira. Neste mesmo município, há ainda a UMJA – União Musical Juventude e Amizade – da Sobreira, erguida em 1999, instalada agora numa sede, que partilha com a ARCUSPOF. Filarmónica jovem na idade e nos seus elementos, revela já uma grande maturidade musical e cultural. Entretanto, a freguesia de Reigoso apresentava, nos anos vinte do século passado, a sua Banda Filarmónica e, nos anos 40, via actuar a Sociedade Musical Reigosense. Esteve ainda na origem da Reigravo e, mais tarde, da Banda Lafonense, todas elas desaparecidas. São estas instituições credoras da admiração de todos nós, pelo que fazem, pelo que representam e pela ocupação activa e intensa que proporcionam à nossa juventude. ( A continuar...) Carlos Rodrigues, in Notícias de Lafões, 2019 ónicas

Sem comentários: