terça-feira, 17 de março de 2009

Escolha do Provedor

Meu caro Provedor de Justiça:

Sinto muito que os dois partidos, que deveriam arranjar a solução para o seu sucessor, se não entendam e, com essa vesga teimosia, o obriguem a continuar num cargo, praticamente sem nada poder fazer ou dizer, tal o vazio que o rodeia.
Entendo que esta falta de uma atitude conjunta é mais um sinal de que, em questões essenciais e de grande amplitude, o PS e o PSD estão longe de serem capazes de olhar a nossa terra com a atenção e o cuidado que ela nos deve merecer. Precisam, neste caso, duma severa reprimenda e dum bom esticão de orelhas, daqueles que doem de verdade e as deixam vermelhas, para mostrar a toda a gente a sua grande falta de bom senso...
Será assim tão difícil encontrar o consenso necessário, de modo a prover aquele cargo com a pessoa indicada e com o perfil certo? Será? Se assim acontece, o que dizer de outras esferas da nossa governação... Quem não serve para unir esforços, quando isso é absolutamente necessário, também não presta para desempenhar outras tarefas. Olhar o país apenas com o pensamento centrado na guerrilha política é pouco, é muito pouco para quem se perfila no horizonte para nos governar.
Meu caro Provedor:
Sei que está altamente descontente com tudo isto. Tem sobejas razões para assim se sentir. Mas não desanime: com esta gente, mostre ser bem melhor que todos eles. Aguente!
Se quer a minha opinião, ela aqui fica: mostre-lhe um sorriso, ainda que a custo, dizendo-lhes, de seguida, que a sua(deles) fraca figura só faz de si muito mais forte. E espere. Amanhã também será dia e o sol não deixará de aparecer. Tenha paciência!...
Dou-lhes uma sugestão, a eles que nem atam, nem desatam: escolham alguém que não se canse de lutar por uma justiça bem melhor que esta que temos à nossa frente. Venham ao povo e perguntem quem esta gente quer. Ouvirão dizer que assim não vamos a lado nenhum. Talvez isso os faça pensar e agir...

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