sábado, 7 de março de 2009

Magalhães e Assembleia da República

Aqui estão dois temas que parecem nada ter a ver um com o outro. À primeira vista, assim é. Mas, na verdade, estamos perante algumas semelhanças e outras tantas condições: na Assembleia da República são, ao que pudemos apurar nos últimos dias, velhos os métodos, quase a descambarem para o duelo, enquanto que o novo " Magalhães " , uma das bandeiras içadas bem alto deste nosso governo, também nasceu com vícios de outrora - o mal do improviso, o deixa-andar, o pouco cuidado que pomos nas causas públicas, o fraquíssimo grau de exigência que temos connosco próprios... Só se compreendem as grosseiras falhas, agora detectadas, a esta luz, por sinal bem fraca e demasiado " morriça ". De outra forma, o computador milagreiro não sairia com erros de palmatória, com aquele estendal de mau português, com programas de deitar ao lixo e pedidos de desculpas um tanto esfarrapados.
Se me envergonha o que se passou na AR, que é de repudiar e de criticar asperamente, para não dizer que aqueles deputados deram um péssimo contributo à democracia, as peripécias em que vemos envolvido o "querido Magalhães" são bem mais graves, porque se espalham por tudo quanto é sítio e as actas da AR disso nada farão constar, que as gravações pifaram em cima do acontecimento, o tal da quase bordoada de todo o tamanho...
Se nos nossos representantes algo vai mal - talvez , desde logo, pelo mecanismos de acesso - nas novas tecnologias estamos a provar que não somos grandes peritos, antes pelo contrário.
Com linguagem a mais e despropositada num sítio onde ela deveria primar pela beleza de um português de primeira água , pela elegância e pela sua apurada qualidade, no outro, é a escrita de base que anda pelas ruas da amargura.
Com tanta fartura de asneiras, venha o diabo e escolha.
Por nós, a opção está feita: "va de retro" quem assim se comporta e quem permitiu que, no Magalhães, entrasse tal vírus, o mais perigoso de todos, porque cheira demasiado a crassa ignorância.

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